História e Música do Quilombo Campo Verde

05/05/2023

O Quilombo Campo Verde é localizado no município paraense de Concórdia do Pará. Foi uma pesquisa intensa em relação a busca de fontes. Consideramos de extrema importância registro da história e a memória do Quilombo Campo Verde por meio das músicas dessa comunidade.

Eu sou negra

Eu sou negra de sangue revoltoso 

Eu sou negra o sangue ferve em minhas veias (2x). 

1. Negro é gente não é bicho, meu senhor, negro quer vida e respeito pela cor, negro se diverte, canta e gosta de dançar enfrenta e vai à luta sem jamais se acomodar. 

2. Negro não gosta de quem possa massacrar, negro quer vida e sua cultura resgatar, negro dança e luta, luta e dança capoeira, eu sigo o rei Zumbi, sou mulher negra guerreira. 

4. Não adianta tentar me calar, não adianta tentar me xingar, não adianta tentar me matar! Eu sou negra, e negra e forte, resisti a morte!

RAP DA FELICIDADE QUILOMBOLA

Eu só quero é ser feliz andar tranquilamente no lugar onde eu nasci é, e poder me orgulhar e ter a consciência que o negro tem seu lugar. Eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz onde eu nasci, é. 

1. Hoje já não adianta apelar para a autoridade, para já chegar junto dela o Negro tem dificuldade. Prefeito e vereador estão num tremendo descanso, eles não fazem nada na cidade e nem no campo, andar tranquilamente hoje já não é possível, bandidos estão matando, e polícia está invisível, em muitas coisas que acontecem por aqui, bandidos matam e roubam na estrada Trans Jutaí. 

2. Como você já viu o que acontece por aqui, já não tem mais sossego para rezar nem para dormir, ficamos preocupados ao deitar em nossa rede, bandidos estão roubando em casas de campo verde, se vamos a polícia delegado não dá bola, mesmo quando se trata de um Negro Quilombola, quando vamos rezar pedimos forças a Deus, para que ele possa defender os filhos seus 

3. Dia de sábado e domingo a mulherada deita e rola, de manhã vai para igreja e a tarde joga bola, ficam empolgadas com os filhos na escola e, sentem muito orgulho de ser Negro Quilombola, andar tranquilamente já é coisa do passado, mas nada é difícil caminhando lado a lado, elas pedem competência as nossas autoridades, que olhem com bons olhos para nossas comunidades 

4. Bem-vindo a nossa igreja todo dia vem celebrar, bem-vindo a natureza que ajudamos a preservar, nós estamos ajudando a matar fome de alguém, o rio está poluído que nem peixe já não tem, quando vamos pescar já não se encontra nada, estão matando os peixes com ração envenenada, a morte do piau, da piranha e do pacu, é a causa da morte do pobre do urubu.

ARQUINEC A CAMINHAR

1. Hoje eu nasci de novo, junto com o povo nós vamos lutar. com muita alegria , pelas melhorias aqui deste lugar. Assim eu vou caminhar, e eu escuta o seu cantar. É uma beleza, a natureza volta a se valorizar. (2x) 

Ref.: Uá, lalá, uê! Ala, lá, ê, ala, la, ôô, o povo Quilombola chegou. (2x) 

2. Quilombola diz, que é muito feliz quando vai rezar. A Arquinec em si, faz o povo feliz e também festejar lá, lá, ia. E também lá nos ares Zumbi dos palmares vai festejar. Ê, ê, ê...ê á. lançando forças para a Arquinec caminhar. (2x)

ARQUINEC A CAMINHAR

1. Hoje eu nasci de novo, junto com o povo nós vamos lutar. com muita alegria , pelas melhorias aqui deste lugar. Assim eu vou caminhar, e eu escuta o seu cantar. É uma beleza, a natureza volta a se valorizar. (2x)

Ref.: Uá, lalá, uê! Ala, lá, ê, ala, la, ôô, o povo Quilombola chegou. (2x)

2. Quilombola diz, que é muito feliz quando vai rezar. A Arquinec em si, faz o povo feliz e também festejar lá, lá, ia. E também lá nos ares Zumbi dos palmares vai festejar. Ê, ê, ê...ê á. lançando forças para a Arquinec caminhar. (2x)

UMA HISTÓRIA DO NEGRO NO BRASIL

1.  Mas por que é que me propagas /falar do Negro com prazer/ eles não tinham direito/ em vestir morar e comer. Este é o pior sistema/ que todo mundo já viu/ agora nos relatar a História do Negro no brasil. (2x) 

2. Nas grandes propriedades/ em precárias condições/ os Negros dormiam trancados em enormes barracões/ pertinho da casa grande construído logo atrás/ vigiados noite e dia por feitores e capataz. 

3. Geralmente existia, um barracão só para homens, que dormiam ali trancados, com muito frio e muita fome. O feitor determinava a hora de se recolher, e começar a trabalhar logo após amanhecer. 

4. Nas fazendas e nos engenhos, a comida era um horror, no fim do dia de tão cansado, o Negro chora e sente dor. No interior das senzalas, pouca coisa havia ali, só tem cama improvisada e esteira para dormir. 

5. Além de vestir e cuidar mal, dos Negros que adoeciam, os senhores deveriam cuidar, dos seus cativos e não faziam. Todos os observadores, dessa imensa escravidão, precisavam denunciar, uma má alimentação. 

6. Vestir morar e comer, é o tema dessa História, falar do Negro é um prazer, muita honra e muita glória. Hoje o Negro tem espaço e, mais oportunidade, hoje já tem muitos deles, dentro da universidade. 

7. Sou Negro muito simples, mas não tenho muito valor. Escrevi está musiquinha, mas não sou compositor, eu só quero ajudar no trabalho da escola, aqui quero me assumir, como Negro Quilombola.

UMA HISTÓRIA DO NEGRO NO BRASIL

1. Mas por que é que me propagas /falar do Negro com prazer/ eles não tinham direito/ em vestir morar e comer. Este é o pior sistema/ que todo mundo já viu/ agora nos relatar a História do Negro no brasil. (2x)

2. Nas grandes propriedades/ em precárias condições/ os Negros dormiam trancados em enormes barracões/ pertinho da casa grande construído logo atrás/ vigiados noite e dia por feitores e capataz.

3. Geralmente existia, um barracão só para homens, que dormiam ali trancados, com muito frio e muita fome. O feitor determinava a hora de se recolher, e começar a trabalhar logo após amanhecer.

4. Nas fazendas e nos engenhos, a comida era um horror, no fim do dia de tão cansado, o Negro chora e sente dor. No interior das senzalas, pouca coisa havia ali, só tem cama improvisada e esteira para dormir.

5. Além de vestir e cuidar mal, dos Negros que adoeciam, os senhores deveriam cuidar, dos seus cativos e não faziam. Todos os observadores, dessa imensa escravidão, precisavam denunciar, uma má alimentação.

6. Vestir morar e comer, é o tema dessa História, falar do Negro é um prazer, muita honra e muita glória. Hoje o Negro tem espaço e, mais oportunidade, hoje já tem muitos deles, dentro da universidade.

7. Sou Negro muito simples, mas não tenho muito valor. Escrevi está musiquinha, mas não sou compositor, eu só quero ajudar no trabalho da escola, aqui quero me assumir, como Negro Quilombola.

Gravação 7

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UMA HISTÓRIA DO NEGRO NO BRASIL

1. Mas por que é que me propagas /falar do Negro com prazer/ eles não tinham direito/ em vestir morar e comer. Este é o pior sistema/ que todo mundo já viu/ agora nos relatar a História do Negro no brasil. (2x)

2. Nas grandes propriedades/ em precárias condições/ os Negros dormiam trancados em enormes barracões/ pertinho da casa grande construído logo atrás/ vigiados noite e dia por feitores e capataz.

3. Geralmente existia, um barracão só para homens, que dormiam ali trancados, com muito frio e muita fome. O feitor determinava a hora de se recolher, e começar a trabalhar logo após amanhecer.

4. Nas fazendas e nos engenhos, a comida era um horror, no fim do dia de tão cansado, o Negro chora e sente dor. No interior das senzalas, pouca coisa havia ali, só tem cama improvisada e esteira para dormir.

5. Além de vestir e cuidar mal, dos Negros que adoeciam, os senhores deveriam cuidar, dos seus cativos e não faziam. Todos os observadores, dessa imensa escravidão, precisavam denunciar, uma má alimentação.

6. Vestir morar e comer, é o tema dessa História, falar do Negro é um prazer, muita honra e muita glória. Hoje o Negro tem espaço e, mais oportunidade, hoje já tem muitos deles, dentro da universidade.

7. Sou Negro muito simples, mas não tenho muito valor. Escrevi está musiquinha, mas não sou compositor, eu só quero ajudar no trabalho da escola, aqui quero me assumir, como Negro Quilombola.

RAP DA FELICIDADE QUILOMBOLA

Eu só quero é ser feliz andar tranquilamente no lugar onde eu nasci é, e poder me orgulhar e ter a consciência que o negro tem seu lugar. Eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz onde eu nasci, é.

1. Hoje já não adianta apelar para a autoridade, para já chegar junto dela o Negro tem dificuldade. Prefeito e vereador estão num tremendo descanso, eles não fazem nada na cidade e nem no campo, andar tranquilamente hoje já não é possível, bandidos estão matando, e polícia está invisível, em muitas coisas que acontecem por aqui, bandidos matam e roubam na estrada Trans Jutaí.

2. Como você já viu o que acontece por aqui, já não tem mais sossego para rezar nem para dormir, ficamos preocupados ao deitar em nossa rede, bandidos estão roubando em casas de campo verde, se vamos a polícia delegado não dá bola, mesmo quando se trata de um Negro Quilombola, quando vamos rezar pedimos forças a Deus, para que ele possa defender os filhos seus

3. Dia de sábado e domingo a mulherada deita e rola, de manhã vai para igreja e a tarde joga bola, ficam empolgadas com os filhos na escola e, sentem muito orgulho de ser Negro Quilombola, andar tranquilamente já é coisa do passado, mas nada é difícil caminhando lado a lado, elas pedem competência as nossas autoridades, que olhem com bons olhos para nossas comunidades

4. Bem-vindo a nossa igreja todo dia vem celebrar, bem-vindo a natureza que ajudamos a preservar, nós estamos ajudando a matar fome de alguém, o rio está poluído que nem peixe já não tem, quando vamos pescar já não se encontra nada, estão matando os peixes com ração envenenada, a morte do piau, da piranha e do pacu, é a causa da morte do pobre do urubu.

NÊGO NAGÔ

Eu vou tocar minha viola 

Eu sou um Nêgo cantador 

O Nêgo canta deita e rola 

Lá na senzala do senhor, 

Dança aí, Nêgo, nagô... 

Tem que acabar com essa História 

Do Negro ser inferior

O Negro é gente e quer escola 

Quer dançar samba e ser doutor. 

O Negro mora em palafita 

Não é culpa dele não senhor 

A culpa é da abolição 

Que veio e não o Libertou

Eu sou negra

Eu sou negra de sangue revoltoso

Eu sou negra o sangue ferve em minhas veias (2x).

1. Negro é gente não é bicho, meu senhor, negro quer vida e respeito pela cor, negro se diverte, canta e gosta de dançar enfrenta e vai à luta sem jamais se acomodar.

2. Negro não gosta de quem possa massacrar, negro quer vida e sua cultura resgatar, negro dança e luta, luta e dança capoeira, eu sigo o rei Zumbi, sou mulher negra guerreira.

4. Não adianta tentar me calar, não adianta tentar me xingar, não adianta tentar me matar! Eu sou negra, e negra e forte, resisti a morte!

Eu sou negra

Eu sou negra de sangue revoltoso

Eu sou negra o sangue ferve em minhas veias (2x).

1. Negro é gente não é bicho, meu senhor, negro quer vida e respeito pela cor, negro se diverte, canta e gosta de dançar enfrenta e vai à luta sem jamais se acomodar.

2. Negro não gosta de quem possa massacrar, negro quer vida e sua cultura resgatar, negro dança e luta, luta e dança capoeira, eu sigo o rei Zumbi, sou mulher negra guerreira.

4. Não adianta tentar me calar, não adianta tentar me xingar, não adianta tentar me matar! Eu sou negra, e negra e forte, resisti a morte!

O negro Ostentação (rap)

O negro quer o racismo acabar; 

E o preconceito eliminar; 

O negro quer uma escola pra estudar; 

E uma casa pra morar; 

O negro quer ter uma universidade; 

Para manter a sua igualdade; 

O negro quer o que e seu por direito; 

E acabar com esse tal de preconceito; 

O racismo é uma coisa muito feia; 

Quem continuar com ele vai parar na cadeia; 

O negro luta pelo o que quer; 

Levantem e fique de pé; 

Por que nós somos muito filé; 

Escute para não se esquecer; 

Que o negro e tem muito prazer; 

O negro nunca vai parar de lutar; 

Que deus possa nos abençoar; 

Foi na delegacia atrás do meu direito; 

E mesmo ainda há preconceito; 

O negro luta pelo seu direito; 

Ele quer vencer o preconceito; 

O negro luta para combater;

O racismo e o preconceito juntos vamos vencer.

As canções foram gravadas por  ELIZABETE TRINDADE DA SILVA, aluna de graduação do curso de História da Universidade Federal do Pará. Esta exposição faz parte do TCC 'COMUNIDADE QUILOMBOLA CAMPO VERDE: história e memória'. 

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